Círculos, estou
andando, mas sempre volto para o mesmo lugar, estou andando, mas sempre chego
no mesmo lugar. Sempre volto para o ponto inicial, sozinho e perdido apenas com
lagrimas no rosto e marcas na alma.
Em silêncio
choro, em silencio oro, tento gritar, mas minha voz com o silencio já se acostumou
então ela não sai. Lágrimas e mais lagrimas como Alice estou me afogando, como Alice
fui em busca de um país das maravilhas, caindo cada vez mais em buracos sem saída.
Choro e
tento fingir que estou bem, tento acreditar em minhas palavras, mas é difícil acreditar
em palavras vazias que ao mesmo tempo são tão pesadas. Palavras pesadas de
culpa, palavras pesadas de arrependimentos, pesadas de percas.
Perdi você,
me perdi ao te perder. Não me encontrei ainda, mesmo andando em círculos e
voltando para o mesmo lugar, tudo parece tão diferente desde a primeira vez que
partir, desde a primeira vez que tentei seguir.
Finjo que
estou bem, finjo que ainda acredito em meus sonhos, finjo tão bem que até
escrevo essas palavras fingindo que não é sobre mim.
Círculos,
muitas vezes com linhas tortuosas, círculos muitas vezes quadrados e
complicados, círculos. Círculo minha vida tentando achar uma saída segura.
Geandro
Lira
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